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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O que anda rolando por aqui – III

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Clara agora deu de chamar o pai pelo nome, principalmente quando quer chamar sua atenção ou “dar uma bronca”:
- “Não pode, papai Juni (Junior)”
Quando ele está em outro cômodo da casa, ela grita: -“Papaiêêê”. Se ele não atende, ela apela: -“Papai Juniiii”
Ps: Ele não tá gostando nada dessa história de ser chamado pelo nome, diz que fica parecendo que ela tem outro pai.

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Aprendeu, sozinha, que precisa pedir permissão pra fazer certas coisas. Agora é o tempo todo perguntando:
- “Pode, mamãe?”
O problema é que tão rápido aprendeu a pedir, também aprendeu a responder por conta própria e antes de mim:
-“Póde fazer gegenho (desenho), mamãe? Póóóóde”
#oi?

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Descobriu que os meninos tem pipi e meninas tem “tica” (ideia do papai esse nome). Quando vai tomar banho ou quando vê o pai trocando de roupa, fica gritando toda feliz:
- “Papai tem pupum !(pipi – ela troca o i pelo u). Tcha no tem (Clara não tem). Mamãe no tem.

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Não gosta quando fala com a gente e não damos muita bola. Chama uma, duas, três vezes (sempre aumentando o tom da voz)...se estou distraída com outra coisa e não olho, ela pega no meu rosto, vira na sua direção e fala brava: - “Mamanhêêêê”

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Tenho insistido que ela precisa dizer “por favor” quando quer algo. Então quando pede alguma coisa e eu digo que não posso dar ela olha com cara de coitadinha, vira o pescoço de lado e solta: “Fufavô mamãe. Fufavô”. Difícil é negar depois de um pedido tão fofinho.

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Quando vai dormir, às vezes pede pra rezar. Junta as mãozinhas, abaixa a cabeça, fecha os olhos e faz uma oração que tenta imitar a minha. Vou rezando e ela vai atrás. 
Eu digo: “Obrigada Papai do Céu, pela minha saúde”
E ela completa: “Da mamãe, do papai, da vovó, da bum(bisa), do vovô, do tio..”
Logo depois disso, ela dá a oração por encerrada e diz: “Amã” (Amém)
É a coisa mais fofa do mundo!

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O pai do Junior tem uma cerâmica e sempre que vamos pra casa deles, ela o vê trabalhando, normalmente dirigindo a pá carregadeira que ele usa pra levar lenha pros fornos. Ela deve ter ouvido falarmos da tal máquina e agora o vovô paterno é o “vovô da pá”. Toda vez que vê um caminhão na rua sai gritando: - “Ó o vovô pá”

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Semana passada, participamos de um piquenique onde haviam várias mães amamentando. Pois no dia seguinte, cismou que queria mamar no meu peito! Tentei explicar de todas as formas que eu não tinha mais leite, que ela já era mocinha, mas ela insistiu tanto que deixei ela  “tentar”. Lógico que logo ela viu que aquilo não era mais pra ela e depois ficou dando risada da situação.

Fazendo "gegenho" no piquenique

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Dez sinais de que você se tornou (ou está se tornando) uma ativista do parto humanizado

26 comentários
Uma noites dessas, em um momento raríssimo de insônia, fiquei pensando em como eu mudei minhas ideias com relação ao parto nos últimos dois anos. Felizmente, pude ler e me informar muuuito mais sobre isso nesse tempo e isso me abriu os olhos pra muitas coisas que antes passavam batidas. Infelizmente, isso só aconteceu depois que eu caí na conversa do médico cesarista que me impediu de tentar o parto que eu desejava, mas não tanto assim à época.

Por isso, tenho tanta vontade de falar "umas coisinhas" pras grávidas de primeira viagem quando vejo que elas estão indo pelo mesmo caminho que eu fui na gestação da Clara. Não é uma questão de "cada mulher tem direito a ter o parto que quiser", isso é indiscutível a meu ver, mas é uma questão de que com falta de informação correta, a mulher pode nem chegar a saber o que de fato ela quer e, principalmente, o que merece pro seu parto.

E aí, no meio dos pensamentos, comecei a lembrar das coisas que aprendi e do que, subjetiva ou objetivamente, mudaram em mim. Dessa análise, surgiu a lista a seguir, pra quem se interessar (ou se identificar) possa:

Dez sinais de que você se tornou (ou está se tornando) uma ativista do parto humanizado

Imagem daqui

1) Arrepende-se da cesárea desnecessária do passado ou não consegue pensar em uma forma melhor pro seu filho nascer do que de maneira natural e respeitosa;

2) Assiste muitos, muitos vídeos de partos normais e se emociona com todos. Mas tem vontade de chorar mesmo é quando vê a foto ou vídeo do baby da amiga (ou o seu mesmo), segurado pelo médico como se fosse um frango prestes a ser abatido, logo após ser arrancado da barriga da mãe pelo obstetra fofinho que garantiu que “ele já estava pronto”;

3) Sabe o significado das siglas PD, PN, DPP, LM, LD, PNH e por aí vai;

4) Sente arrepios só de ouvir falar em episiotomia, manobra de Kristeller, sorinho, mãezinha, nitrato de prata, água com glicose, “na hora a gente vê isso”, “não tem dilatação”, “o bebê é muito grande”, “o cordão tá enrolado no pescoço”,  “a cesárea é super tranquila” ou “eu não sou menos mãe porque não tive um parto normal”;

5) Assina tudo quanto é petição, abaixo assinado, carta, manifesto que defenda os direitos das mulheres e mudanças no sistema de atendimento ao parto;

6) Foi ao cinema assistir “O Renascimento do Parto” e saiu de lá querendo levar todo mundo pra ver também;

7) É vista como a chata das redes sociais pelos colegas, já que vive postando notícia de parto, pesquisas sobre parto, foto de parto, vídeo de parto e falando de parto;

8) Não resiste em comentar – e polemizar - os posts das amigas grávidas comemorando o agendamento da cesárea e/ou justificando a escolha com argumentos toscos;

9) Ganhou meia dúzia de amigos nas rodas de conversa sobre parto normal e perdeu outra dúzia que não pode nem ouvir falar do assunto;

10) Leu esse post e se identificou com pelo menos uns 7 sinais.

A minha pitica (nascida de uma cesárea eletiva e desnecessária) já aderiu à causa :)


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Hora da escola - A escolha e a adaptação

2 comentários

Há pouco mais de um mês, Clara ingressou em um mundo cheio de descobertas, novas amizades, desafios e alguns vírus e bactérias novos: a escola!

Com a saída da babá e com a minha necessidade de ter um tempo para trabalhar em casa e cuidar dos meus compromissos, achamos que seria uma boa alternativa adiantar em alguns meses o plano de colocá-la em uma escolinha, o que pretendíamos fazer no início do ano que vem.

Visitamos quatro escolas – sempre com a presença da Clara junto com a gente, fizemos muitas perguntas, recebemos muita atenção e explicações. Quer dizer, em uma das escolas nem tanto, pois fomos atendidos praticamente no portão e não nos deixaram conhecer as dependências da escola “por não termos marcado horário. Nem preciso dizer que essa escola já foi descartada logo de cara, né?

Pois bem, analisados todos os prós e contras de cada escola, levando em conta as instalações, a distância de casa, o método de ensino e as impressões que tivemos das pessoas que nos atenderam e das professoras, escolhemos uma. No fim, pesou bastante o fato dessa ser a mais próxima de casa (afinal, teria que levar e buscar a Clara todo dia sem carro) e também o fato do marido ter estudado lá e termos ótimas referências.

Foi uma luta conseguir vaga, principalmente por já estarmos nos aproximando do fim do ano letivo e tudo mais. Depois de uma ligação desesperada e de uma chantagem emocional (rs) da minha sogra, o pessoal da escola foi suuper gente fina e descolou uma vaga pra Clara. Graças a ela, agora sua turma tem um aluno a mais..hehe

Pois bem, começava aí a apreensão de como seria a adaptação da Clara em um ambiente tão novo e diferente do que ela estava acostumada. Por conhecê-la e saber que ela adora crianças e faz amizade fácil, digamos assim, me deixou um pouco mais tranquila. Na escola, a coordenadora nos orientou sobre como seria o processo: na primeira semana, eu ficaria por lá caso ela me chamasse (não fiquei na sala de aula, fiquei na sala da coordenadora) e iríamos aumentando o tempo que ela ficaria na aula aos poucos, até ela conseguir ficar a tarde toda.

No primeiro dia, levei ela até a porta da sala de aula, me agachei, disse que ela ia ficar ali brincando com aquelas crianças e que ia ser muito legal, mas que se quisesse podia me chamar que eu tava logo ali no pátio. Ela se animou, foi logo sentando em uma das cadeiras e depois de ganhar um brinquedo da professora me chamou pra brincar também. Mais uma vez, falei que ia ficar esperando do lado de fora, mas que ela poderia ficar ali brincando com as outras crianças. Assim foi. Fiquei na sala da coordenação (que dá de frente pro pátio), prevendo que a qualquer momento a professora fosse aparecer com ela querendo me ver.

Mas não teve isso. Ela não pediu por mim em nenhum momento. Na hora do lanche, saiu em fila com os novos amiguinhos e ao me ver lá sentada na sala, me chamou pra brincar com ela de novo. A professora disse que iriam lanchar e brincar e ela logo esqueceu de mim (era pra ficar triste ou feliz?). No primeiro dia, fomos embora logo depois do lanche. No caminho, fomos conversando sobre a escola, o que ela fez, se ela havia gostado e ela demonstrou que estava muito a vontade e contente.

No segundo dia, fiquei na escola por cerca de uma hora e a coordenadora me disse que ela estava muito bem, que se eu quisesse sair pra fazer alguma coisa e voltar depois para buscá-la, podia ir. Hesitei, mas também achei que minha presença ali não era necessária, era melhor que ela não me visse pra ver como seria sua reação. Mais uma vez, ela se divertiu e participou das atividades sem chorar, sem estranhar, sem perguntar da mamãe aqui (#chateada). Fui buscá-la antes do horário de saída normal, como a coordenadora havia orientado e ela não queria ir embora.Só aceitou sair da sala quando disse que voltaríamos no dia seguinte pra brincar mais.

Já a partir do terceiro dia, diante do sucesso da adaptação, ela passou a ficar o período inteiro, sem a necessidade da minha presença por lá. As professoras disseram que ela estava indo muito bem e que nem parecia que era a primeira vez que frequentava a escola. Com isso, fiquei bem mais tranquila.
E tem sido assim desde então: ela fica toda animada pra ir pra escola. Chega lá, se despede de mim sem cerimônias e corre toda feliz lá pra dentro. E eu? Fico feliz que tudo tenha ocorrido sem problemas, traumas ou estranhamento pra ela. Hoje tenho mais certeza que fizemos a escolha certa e que a escola vai fazer muito bem a ela.

Massss...verdade seja feita, nem tudo foi flores nesse primeiro mês. Como eu muito ouvi falar, a pequena não escapou de ficar doente. Logo na primeira semana, pegou uma gripe bem forte (coisa que nunca tinha acontecido antes), que passou pra mim e derrubou a nós duas. Felizmente, conseguimos tratar logo no início e não foi preciso apelar pro médico nem pro pronto socorro. Mas, mesmo assim, foram semanas com uma coriza que não ia embora e uma tossezinha na hora de dormir que nos tiraram o sono.

Quando pensei que a gripe tinha ido embora de vez, me surge uma infecção de garganta que fez a pequena precisar de antibiótico pela primeira vez na vida. Eu sei, tivemos sorte dela ter passado tanto tempo sem precisar deles, mas é de dar dó né? Por causa da febre que não baixava e dos antibióticos – que a escola não dá pra criança nem com a receita médica – ela ficou uma semana sem ir pra aula. Mas como já haviam me alertado, infelizmente é comum a criança ficar doente nos primeiros meses na escola. Até ela criar toda resistência (que eu achava que ela tinha de sobra, já que nunca ficava doente), talvez a gente ainda tenha que enfrentar outros episódios como esses.

Tirando isso, a entrada da minha pequenininha na escola está sendo uma maravilha. Assim, tenho um tempo pra cuidar das minhas coisas e trabalhar, enquanto ela se diverte convivendo com outras crianças e aprendendo coisas novas. Não me arrependo nem um pouco dessa decisão.



E pra quem está nessa fase da escolha da escolinha ou da adaptação, aqui vão algumas dicas que nos ajudaram bastante, baseadas na minha experiência e em matérias e posts que já li por aí:

- Visite várias escolas e prefira fazer isso sem marcar horário com antecedência. As boas escolas não costumam exigir agendamento.
- Se for possível, leve a criança junto durante as visitas. Observe como ela se comporta, se gosta dos ambientes e das pessoas, se sente à vontade ali. A “opinião” dela é importante, afinal, é pensando no melhor pra ela que você fará a sua escolha.
- Analise as propostas pedagógicas de cada escola, assim como o espaço físico, a formação dos professores e auxiliares, a localização, a forma como eles dividem as atividades ao longo do dia e o que priorizam na formação das crianças. Avaliado tudo isso, pense naquela que mais tem a ver com o seu estilo de vida, com as suas expectativas e anseios e com o que você quer pra educação e cuidados do seu filho.
- Se estiver em dúvida, faça uma listinha com os prós e contras de cada escola. Coloque tudo na balança e opte por aquela que tem mais “prós”.
- Não tenha medo ou vergonha de perguntar tudo e tirar todas as suas dúvidas com a escola. Pra facilitar, você pode montar um questionário e levar pra não se esquecer de perguntar nada importante.

E para a adaptação:

- Mesmo que esteja ansiosa e nervosa para o início das aulas, tente não demonstrar isso para o seu filho. Acredite, eles sentem as mudanças no comportamento e humor dos pais e podem acabar ficando nervosos também.
- Passeie pela escola com o seu filho, converse com os professores, mostre as crianças, sempre ressaltando os pontos positivos do lugar, falando como as crianças estão se divertindo e como vai ser legal passar um tempo ali.
- Torne o momento da entrada na sala de aula em algo natural. Mais um vez, vale ressaltar todas as coisas boas do lugar. Se for preciso, entre com ele, ajude-o a se sentar e deixe que a professora faça “as honras da casa”, mas sempre ali do lado.
- Se a criança chorar e se negar a ficar na escola sem você, o melhor a fazer é ter paciência e ir aos pouquinhos. Deixá-lo chorando e ir embora não é o melhor caminho. Sente-se com ele, se proponha a fazer as atividades junto com a turma e vá aos poucos explicando que você não o está abandonando ali, que ele poderá te ver no fim do dia ou que poderá pedir a sua presença quando se sentir inseguro.
- Agora, se o caso for o oposto (como o meu) e a criança ficar tão à vontade que nem sem lembrar de olhar pra trás e dar tchauzinho pra você, nada de ficar triste, se sentindo abandonada e menos preterida pelo filho. Encare isso como um passo importante rumo à liberdade e autonomia do filhote. Pense que muitas mães gostariam de estar no seu lugar.
- Lembre-se sempre que cada criança tem seu tempo e cada uma reage de uma forma à novidade da escola. Se tiver dúvida sobre como se comportar e o que fazer pra ajudar na adaptação, peça ajuda das professoras e coordenadores da escola. Eles têm muito experiência com isso e vão saber te orientar de forma que essa adaptação se dê da melhor forma possível, tanto pra criança quanto pra você.



Espero que essas dicas e a minha recente experiência nesse assunto que rende tantas dúvidas possam ser úteis. Depois conto como ficou nossa rotina nessa nova fase.

Beijos,

Mari

*Imagens daqui e daqui
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