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sexta-feira, 22 de março de 2013

Ela não quer largar o dedo, e agora?

3 comentários

Na última consulta da Clara com a pediatra, tudo ia muito bem, medida e peso dentro da “curva ideal de crescimento” (e eu achando que ela era meio pequena pra idade, mas enfim), tudo certo com as vacinas, a menina em perfeito estado de saúde, graças a Deus, até queeee... a Clara, com sono depois de esperar mais de 1 hora e meia pela médica atrasada, põe o dedão na boca e começa a chupar.

Pronto, fomos do céu ao inferno (ou quase isso) em segundos. A médica me deu a maior bronca de todas as broncas (e olha que ela é boa nisso), condenando profundamente aquele hábito que, apesar de não se lembrar, ela sabia que minha filha tem desde os seus 3 meses de vida, como eu também já comentei aqui tantas vezes.

Sem cerimônias, paciência ou delicadeza, ela disse que a Clara era “muito velha” pra chupar o dedo, que poderia trazer um milhão de problemas pra ela no futuro próximo e distante e que era pra interromper a “mania” imediatamente.

Tentei refrescar a memória dela dizendo que a gente já tinha falado sobre isso anteriormente, que já tentamos diversas técnicas diferentes, todas sem sucesso, e que em todas as vezes a Clara ficou extremamente irritada, chorando e sem conseguir dormir.

Mais uma vez sem demonstrar paciência ou compreensão, ela disse, não exatamente nessas palavras, que nós éramos fracos, que atendíamos todos os desejos da Clara e que não tínhamos pulso firme pra fazer o que era necessário. “Deixe ela chorar, não ligue, vão ser 3 ou 4 dias e depois ela se acostuma”.

Disse também que, além de prejudicar a arcada dentária, o hábito de chupar o dedo pode afundar o céu da boca, trazer problemas respiratórios e até outros mais graves, como enxaqueca e nã9o me lembro mais o que. Ela mesma afirmou sofrer dores de cabeça todos os dias porque quando era pequena, seus pais “deixaram” ela chupar o dedo por um longo tempo. Terminou dizendo que, se a Clara apresentar problemas futuramente, ela vai nos culpar por isso e que vai perguntar por que deixamos que ela chupasse o dedo quando criança.

Diante de tudo aquilo, eu desisti de tentar justificar, de dizer que acreditava que esta não é a melhor forma de enfrentar o problema e que não vou deixar minha filha chorar por horas e dias seguidos por não ter uma coisa que a acalma, a conforta desde sempre, sem que ela seja capaz de entender minhas razões pra fazer isso.

Fiquei arrasada, frustrada, enfurecida na hora. Saí de lá decidida a trocar de pediatra (não foi a primeira vez que ela foi grossa e irônica comigo, mesmo sem ter essa intenção), mas agora, pensando melhor, acho que vou tentar por mais um tempo. Até porque as consultas não são mais mensais e fora isso tá super difícil encontrar pediatra “indicado” que atenda pelo nosso plano de saúde.

Com todas aquelas coisas que ela me disse na cabeça, fui tentar mais uma vez acabar com essa história de chupar o dedo. Peguei um esparadrapo e enrolei no dedão, dando várias voltas e cobrindo todo ele. Como das outras vezes, a Clara deu risada no início, mas logo depois percebeu pra que era aquilo e começou a vir me mostrar o dedão. Não demorou, e ela começou a chorar. Fui firme e não tirei, tentei explicar que aquilo era pro bem dela, que chupar o dedo faz dodói e deixa o dente feio. Claro que ela não quis nem saber de explicação né. 

Num minuto de distração meu, a danada descobriu que colocando o dedo na boca, sua baba fazia o esparadrapo que a mamãe colocou com o maior cuidado, sair facilmente. E lá veio ela, com o esparadrapo babado na mão, me entregar, toda feliz, como quem diz "toma mamãe, não quero essa coisa no meu dedo não". Não queria, mas tive que rir. Daí que meu cansaço físico e mental me impediu de repetir todo o processo novamente e frustramos mais uma tentativa.

Só pra constar, apesar de achar uma judiação, já tentamos usar luva, passar limão (ela adorou! Fué fué fué) e pó de café, enfaixar com gaze e esparadrapo, fita isolante e mais nem sei o que. Nada funcionou. Até já tentamos, no ápice do desespero, trocar o dedo pela chupeta, que dizem ser um pouco menos danosa para os dentes, mas ela não quis. 

Como eu tentei explicar para a pediatra, ela fica nervosa, irritada, triste e não consegue dormir, porque o dedo é parceiro ideal nessa hora, sempre foi. Na verdade, é só na hora que o sono bate que ela se lembra do querido dedão-da-mão-esquerda (ela não chupa o da direita de jeito nenhum), por isso eu não acho que seja assim, tããão prejudicial. Até mesmo a dentista dela disse que temos mais um tempinho até ela parar, que o pior mesmo é quando ela começar a trocar os dentes de leite pelos definitivos, aí não pode de jeito nenhum.

Claro que não gostaria que ela tivesse esse hábito, claro que quero que ela se livre dele o quanto antes, mas decidi que vou esperar mais um pouco até tomar uma decisão mais radical, se for preciso. Acredito que quando ela começar a entender que aquilo faz mal a ela e ver que as outras crianças não chupam o dedo (a escolha pode ser uma boa aliada), que isso é feio e tudo mais, vai ser mais fácil convencê-la a parar. Até lá, sigo dizendo “tira o dedo da boca”, toda vez que eu a vejo fazer isso fora do berço. Às vezes funciona, às vezes não. Paciência...

Agora, se alguém tiver um truque ou receita in-fa-lí-vel pra fazer a criança parar de chupar o dedo, por favor, não se acanhe, deixe aqui embaixo nos comentários :)

Dedão: velho amigo...

...até hoje

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